Dia da Internet Segura: dicas valiosas para evitar vazamento de dados

Dia da Internet Segura: dicas valiosas para evitar vazamento de dados

Confira algumas recomendações de especialistas neste Dia da Internet Segura

Casos de vazamento de dados estão tirando o sono, tanto de empresas afetadas – por motivos óbvios – quanto de organizações que estão preocupadas e alertas para não serem as próximas vítimas.

Seja numa busca rápida na web por preços mais em conta de produtos, baixando apps que pedem acesso a suas fotos e lista de contatos ou, até mesmo, usando a mesma senha para serviços variados na web, usuários da internet estão sempre deixando “rastros” em plataformas e sites, que indicam que seus dados podem não estar tão seguros assim.

Nesta terça-feira é “celebrado” o Dia da Internet Segura, iniciativa anual com objetivo de envolver e unir os diferentes atores, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável das TICs, nas escolas, universidades, ONGs e na própria rede. Com esta motivação, o Dia da Internet Segura, criado pela Rede Insafe na Europa, reúne atualmente mais de 140 países para mobilizar usuários e instituições em torno da data e estimular um uso livre e seguro.

Como garantir a segurança?

Para garantir uma segurança maior a usuários da web, executivos do mercado de tecnologia apontaram algumas dicas sobre como as pessoas podem se proteger de vazamentos de dados.

Como saber quais são os dados que as empresas têm em mãos e o que elas farão com isso? Quais são os direitos do consumidor diante de um vazamento de seus dados?

Ricardo Rodrigues, cofundador da Social Miner, comenta que, hoje em dia, por conta do uso massivo de redes sociais e da internet, é muito difícil de se ter esse controle, pois acabamos compartilhando nossos dados com diversas outras plataformas que são conectadas aos sites que frequentamos. “Um dos exemplos são os jogos e testes que as pessoas costumam fazer em redes sociais. Essas aplicações coletam dados do usuário, sendo que dificilmente você conseguirá saber o que será feito com eles. Entretanto, as empresas devem sempre procurar aumentar a segurança de seus servidores e demais dispositivos que tenham acesso aos dados coletados, bem como coletar o menor volume de dados possíveis para que, no caso de um possível vazamento, tenha-se, também, um menor prejuízo”, apontou.

De toda forma, o executivo comenta que é possível solicitar essas informações às empresas, com base no art. 7º, VIII, do Marco Civil da Internet e art. 43 do CDC. “Atualmente, o Ministério Público vem atuando de forma ativa na proteção dos consumidores nesses casos, solicitando reparações e pagamento de multa das empresas que não respeitam a privacidade de seus consumidores, mas essa função também será exercida pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados, criada pela MP 869/18. O consumidor que se sentir lesado, individualmente, pode ingressar com uma ação, demonstrando o dano que teve em virtude do vazamento de dados e solicitando uma indenização.”

“Por fim, sempre que fornecemos um dado em troca de algo, como um desconto, estamos cedendo nossos dados como um produto e o consumidor precisa estar ciente disso e desses riscos”, completou.

Como armazenar dados na nuvem pode garantir maior segurança a usuários?

Carlos Eduardo Alves, gerente de marketing da Claranet Brasil, alerta que, apesar de ainda existir uma desconfiança sobre como o armazenamento de dados na nuvem é mais seguro, esta barreira está sendo quebrada com o amadurecimento de mercado de cloud – e as pessoas que consomem serviços que estão na nuvem só podem se beneficiar disso. “Todos os provedores de nuvem oferecem incontáveis medidas de segurança, e, além disso, os dados imputados na nuvem são sempre criptografados. Na verdade, existe um investimento constante em novas estratégias de segurança e atualizações de sistemas e firewalls para barrar as mais recentes ameaças em tempo real”, comentou.

Ainda, o executivo destaca que, além dos procedimentos protetivos, o armazenamento de dados na nuvem é baseado em uma política de redundância, ou seja, a empresa (e seus clientes) têm a garantia de que as informações nunca serão perdidas, independentemente do que aconteça, pois existem cópias de segurança em diferentes pólos de servidores. “Sendo assim, conforme aumenta o número de serviços e pessoas usando uma grande quantidade de dados, a tendência de migração para a nuvem só tende a crescer”, concluiu.

Como as empresas podem utilizar dados dos clientes de forma responsável? Quais cuidados as agências podem tomar neste sentido?

Camila Costa, CEO da ID\TBWA, comenta que o uso de dados no marketing nunca foi tão valioso e importante. “Gerar insights para um planejamento mais assertivo, direcionar a criação das mensagens com maior entendimento do atitudinal de públicos e enriquecer o CRM e as operações de mídia são apenas algumas das inúmeras possibilidades”, apontou.

Por isso, Camila comenta que, quanto mais tecnologia se aplica nos processos, melhor pode ficar. “No entanto, é preciso ter muito cuidado ao hospedar, integrar ou conectar bases com informações de clientes. Deve-se considerar também, até como mais importante, a adoção de plataformas e processos que garantam segurança, criptografia, anonimização e diversos outros fatores para proteção dos dados – não é por acaso que a LGPD está vindo com tanta força nesse momento, trazendo também a transparência e maior poder para os clientes/consumidores decidirem quais informações podem ou não ser utilizadas. É preciso se preparar.”

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